Patricia Maria Vargas de Lima
Este contexto social se repete nas cidades litoraneas principalmente nas questões relacionadas ao sentimento de pertença visto a constante migraçao da populaçao. É comum aparecerem politicas publicas que se dissipam sem que haja uma finalizaçao. Dessa forma, a própria sociedade vê-se incredula perante a algumas propostas. Há de se inicir um trabalho tendo consciencia desta realidade, pois conhecendo os erros passados pode-se inverter a situaçao. No entanto, é necessario uma coordenaçao presente e gestora, atuante e ouvinte.
Ao construirmos os projetos de nossa escola, o que até então não possuía, planejamos o que temos intenção de fazer, realizar. Lançamo-nos para diante, com base no que temos, buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente. Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola, constituindo um processo democrático de decisões, preocupando-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.
A escola, para se desvencilhar da divisão do trabalho, de sua fragmentação e do controle hierárquico, precisa criar condições para gerar outra forma de organização do trabalho pedagógico e devido a este problema nossa escola não possui estrutura física e financeiras para um projeto de educacao integral.Talvez a reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O fulcro para a realização dessa tarefa será o empenho coletivo na construção de um projeto e isso implica fazer rupturas com o existente para avançar. Precisamos entender que a educação integral e integrada da escola como uma reflexão de seu cotidiano. Para tanto, ela precisa de um tempo razoável de reflexão e ação, para se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta. A construção do projeto requer continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório dos meios governamentais.
Sônia, Shirley e Taíse!
É importante que os problemas sejam identificados para que se pense em possíveis alternativas, tanto para construção de um novo projeto de Educação Integral e Integrada, como para um relato com sugestões de perspectivas de intervenção. Os levantamentos apresentados por vocês, até o momento, apontam questões comuns (como as dificuldades em relação às políticas públicas) e outras peculiares a cada realidade em que cada uma está imersa. Para mim o maior desafio é repensarmos uma nova estrutura de tempo e espaço distinta daquela que já está impregnada em nosso DNA. Nosso desafio será o de ocuparmos os espaços e as mentes dos seres sociais que compactuam conosco da realidade criada até o momento.
Abraços a todas... Patrícia Lima