
Fórum 01- Lingua portuguesa e alfabetização (Tutores moderadores: Abel, Gilmar, Márcia Junkes, Laís, Adriana e Bianca)

Na verdade não é uma resposta e sim considerações a respeito do que li no módulo e nos textos sugeridos pelas autoras.
Na verdade como trabalho com Metodologia da Língua Portuguesa no curso de pedagogia já falo, leio e discuto muito com meus alunos a respeito das questões do preconceito linguístico que temos na escola e na vida.
Minha opinião a respeito vem sempre com um exemplo:
Não usamos biquini em um baile de formatura e não vamos a praia de vestido de baile.
O que quero dizer é que temos que respeitar a fala dos alunos e também instrumentalizá-los para que se façam entender em situações diferentes, respeitando o meio em que estão, o canal de comunicação, o receptor da mensagem. O maior objetivo da comunicação é se fazer entender, que nossa mensagem seja entendida da melhor forma com objetividade e correção.
Por isso é importante trabalharmos com diversos meios de comunicação, para diversos públicos, com diversas formas de falar, para que nossos alunos vejam que há diferenças e que elas são normais.
Sempre brinco que os alunos não podem falar com o presidente da república como se estivessem falando com o colega, chamando-o de "velho", usando "de cara" na fala, assim como "palavrões"(que são gírias usadas pelos alunos), a situação, o interlocutor tem de ser considerado para podermos atingir nossos objetivos.
E assim devemos lidar com os alunos do ensino fundamental. Colocá-los para falar com pessoas diferentes, que não são do seu cotidiano, em situações diferenciadas, usando meios de comunicação não usuais. Para esse trabalho ser efetivo o ideal é que a escola seja integrada de forma a podermos trabalhar com várias áreas do conhecimento ao mesmo tempo. Podemos fazer isso com projetos interdisciplinares, e que os PCNs já falam disso a muito tempo assim como o RCNEI.
Bom ....ficaria falando disso por muito tempo, afinal tenho mente fértil (as vezes cheia de adubo...kkkk), mas fico por aqui para não abusar da paciência dos colegas e tutores.
Um abraço.
Beatriz Turco - Joinville
sua colocação é muito pertinente.
Nós, enquanto educadores precisamos trabalhar os diversos tipos de comunicação afim de que nossos estudantes saibam se comunicar em situações diferentes.
O exemplo dado por você é perfeito!
Abraço
Tutora Bianca
Olá Beatriz! Encontrei alguém com quem conversar; também leciono metodolologia da LP, rsrsrs. Esse exemplo que você mencionou é o que melhor combina ao falarmos de adequação da linguagem, também gosto dele. Nos últimos tempos aceitei a ideia de que os alunos precisam aprender a ouvir. Antes pensava que eles precisavam falar; mas, entendi que ouvir é mais imortante que falar ao estudarmos a variação.
Abraços da Márcia
LINGUA PORTUGUESA E ALFABETIZAÇÃO
Na minha concepção explorar as brincadeiras o lúdico como ex: jogos é um excelente meio incentivador de auxilio a aprendizagem, já que nem sempre se limitam somente aquelas que prevê o livro didático.
Na educação do século XXI se explora o lúdico para auxilia a parte teórica de forma a tornar o ensino mais prazeroso apresentando sugestões para enriquecer o trabalho de profissionais da área da educação
Aluna: Jaqueline Ferreira Machado de Borba
Pólo: Araranguá
A sua fala me fez relembrar o curso de oratória que fiz este ano. Analisei o antes e o depois do curso quanto a minha fala e percepção da fala das pessoas com quem convivo. A partir daí passei a ter uma nova visão da lingua falada e escrita, do quanto é importante ter conhecimento e falar bem. Essa experiência veio de encontro com o conteúdo que estudamos no módulo. Hoje tento passar para os meus alunos essa experiencia incentivando-os a falar, falar com o colega ao lado, com o grupo dentro e fora de sala de aula. Esse incentivo está se dando com muita leitura, apresentações em pequenos seminários, dramatizações, elaboração de pequenos discursos, fala correta em determinadas situações do cotidiano. A importância da Lingua portuguesa e alfabetização vai muito além dos bancos escolares pois a comunicação é o caminho para estreitar os laços humanos, para se obter uma boa colocação na sociedade e adquirir um bom emprego. Acredito que a grandeza de um homem se mede pela comunicação.
Eremir
Pensar em alfabetização é preciso que o professor seja o mediador e os alunos como sujeitos dessa construção.
Concordo com essa sua colocação Lucimar. E é aí que devemos repensar sobre a proposta de educação integral. As atividades oferecidas no contra-turno, que vão oferecer situações /vivências que promovam a construção do conhecimento, devem ser realizadas sempre de maneira lúdica. Não que no turno regular essa maneira de aprender e de ensinar não seja necessária, porém nem sempre é possível que estes momentos sejam rotineiros da sala de aula, apesar de sua importância por muitas vezes já comprovada.
O que acredito, é que os programas de educação integral devem fazer com que as crianças percebam que a aprender é possível sob diferentes olhares e situações, inclusive brincando, jogando, se divertindo.
Olá Daiana
Concordo pleanmente com seu depoimento, pois a educação integral tem essa preocupação a formação através de dinamicas diversificadas que possam unir aprendizagem ao lúdico. Ao oferecer atividades recreativas e formativas ao mesmo tempo participa da formação do jovem de maneira agradavel e torna mais fácil também aos educadores.
Luzia _ Tubarão
Penso que a leitura e a escrita são pontes incontestáveis para que haja uma inclusão do indivíduo dentro da sociedade. Assim tendo a escola à responsabilidade de sistematizar esses saberes, penso que não é papel apenas do professor de língua portuguesa utilizar-se do texto para que haja uma aquisição significativa da linguagem. Outras disciplinas do Ensino Fundamental deveriam utilizar textos concretizados através dos gêneros disponíveis na sociedade e tipos formando conjunto com fim comum: a inserção do aluno no mundo letrado.
a leitura é a habilidade essencial. É ela que permite todas as outras.
Devemos trabalhá-la sempre, em todas as disciplinas.
É uma questão de inclusão como disse a Mara.
Abraços
realmente é impossível pensar o conhecimento sem o domínio da leitura. Quando falo de leitura não me refiro somente a da escrita, mas sim das outras formas de compreender a realidade.
Um forte abraço
Tutora Bianca
Oi Crys!! Bem verdade!
A Leitura faz parte do todo. Em nossas atuações em todas as esferas: casa, escola, trabalho e tantas práticas sociais. Como vivemos em uma cultura que valoriza a língua escrita, ser bons leitores é imprescidível.
Abraços da Márcia Junkes
Complementando sobre a importancia de se trabalhar a leitura em todas as disciplinas, gostaria de salientar que isso, de modo geral, já acontece nos anos iniciais do ensino fundamental, mas que se perde um pouco nos anos finais. Na escola onde trabalho (estadual), existe um projeto onde duas vezes por semana em determinado horário há a hora da leitura.
Os professores dos anos finais estão surpreendidos com o interesse dos jovens, mas é claro que tudo isso se dá também, porque foram adquiridos novos livros, do interesse deles, com capas e formatos mais interessantes, afim de aguçar esse gosto pela leitura
Olá, lendo os comentários lembrei de como as crianças amam ouvir e ouvir de novo as estórias. Precisamos apenas contar, contar, contar estórias, assim, também terão interesse em aprender a ler as estórias que tanto gostam de ouvir.Como muitos pais não tem o hábito de ler para os filhos, a escola tem esta responsabilidade. Mostrar que ler é bom, e que lendo ela aprende. Aprende se divertindo.
Abraços,
Lucinéia
Pólo Blumenau
Concordo com você Abel... E, para que essa integração entre as disciplinas aconteça, faz-se necessário o planejamento em conjunto; logo, paradas periódicas com o comprometimento e comparecimento de todos os docentes da EII.
Bom dia!
É muito interessante ler nos comentários que todos sabemos da importância da leitura. E, além disso, que todos apontamos caminhos possíveis para que a realização plena do indivíduo se dê através dela. Entretanto, como citou nosso colega tutor Abel, ainda temos um longo caminho a percorrer e, nesse caminho, muitas pedras surgirão, assim como já surgiram; o mais importante, ao meu ver, é começarmos, é pensarmos em nossa prática algo que seja relevante para o aluno, pois eu acredito que um dos grandes massacres da humanidade é deixar que um ser humano saia de uma escola sem um entendimento mínimo do que seja a leitura e sua importância na sociedade.
Abraços a todos!
Tutora Adriana
Oi Mara!
Como também já comentou o Abel, a respeito do que você argumentou, penso que você tocou em um ponto crucial para desmistificarmos a Educação Ingral e integrada: o letramento.
Se tod@s as áreas do conhecimento (professores) conseguissem perceber que leitura e letramento não é tarefa apenas da área de LP, nosso porojeto de Educação Integral e Integrada começaria a acontecer, ao menos no que diz respeito ao Integrada.
Abraços
Márcia
Nas últimas décadas a educação passou por transformações, especialmente no que se refere à concepção do ensino que se quer para o indivíduo, enquanto parte integrante da sociedade. Em função disso, as discussões que envolvem a alfabetização e o letramento passaram a ser uma constância no contexto educativo. Desse modo, alfabetizar pressupõe o aprendizado do cálculo e do alfabeto, este como código de comunicação. De maneira mais abrangente, o termo define um processo pelo qual o indivíduo se utiliza dos sinais gráficos para escrever e os identifica, através da leitura. O fenômeno da alfabetização se resume na aquisição das habilidades mecânicas de codificação e decodificação.
Se a alfabetização é um processo de aquisição do código linguístico, o letramento pressupõe o exercício efetivo e competente da escrita e da leitura, que implica a capacidade para atingir os diferentes objetivos e as exigências contínuas da sociedade.
Fundamental você saber e refletir a respeito: Ainda que haja certa sobreposição acerca dos dois conceitos, é importante distingui-los, mas também aproximá-los. A diferenciação é necessária porque o conceito de letramento, por vezes, tem sido utilizado de maneira equivocada nas instituições de ensino, desvirtuando, desse modo, a especificidade do alfabetizar. Por sua vez, a aproximação é necessária porque o processo de alfabetização é alterado e reconfigurado no campo do conceito de letramento. Em função desse evento paralelo e simultâneo que, sem dúvida, se complementa, a alfabetização incorpora a experiência do letramento em virtude de como este último concebe o ensino da língua escrita.
Esta é a opinião de uma professora de Língua portuguesa (Shirley Camargo) da rede municipal do ensino fundamental das séries finais.
Oi Adriana!!
Isso mesmo, pensamos nopel mesmo viés. Leitura faz parte do todo. Desde em casa, na escola, no trabalho, práticas sociais. Como vivemos em uma cultura que valoriza a língua escrita, não temos opção: precisamos saber ler, e bem!!
Abraços da Márcia Junkes
Não como uma simples decodificação de símbolos e sim interpretar e entender o que se Lê.
É na escola que, de forma sistemática e planejada, devemos desenvolver nos alunos o gosto e a habilidade para ler e escrever, uma vez que o domínio da leitura e da escrita são condição para as aprendizagens necessárias à todas as disciplinas e, portanto, não se restringe a uma tarefa só das aulas de Língua Portuguesa.
O importante, então, é oportunizarmos o acesso da literatura para os pequeninos, pois eles são os leitores de hoje, do futuro, e formadores de novos leitores ao longo da vida num processo que não tem fim.
A leitura para cada um representa a possibilidade de ver os dados do mundo com mais verdade, mais argúcia, com mais nuanças. Por tudo isso, também com mais encantamento. Encantamento que vem da própria percepção do poder da linguagem - e mais especificamente da palavra - em nossa vida. Reconhecemos o valor das linguagens não-verbais, mas é a palavra que consegue viabilizar-se como expressão de todos os integrantes de cada comunidade.
A palavra, o gesto, a cor tornam-se parceiros no jogo do imaginário. Na criação da forma simbólica, o leitor (o aluno) habita um universo, de certa forma, lúdico. Ele assim se vê mergulhado num mundo de invenção, onde vários caminhos são percorridos, várias soluções são experimentadas. Assim, ao serem trabalhadas interlocuções distintas, os docentes estarão certamente ajudando seus alunos a (re)descobrirem a leitura. E a levarem um e outra para suas vidas, como forma essencial de estar-no-mundo.
Olá, Regiane,
Muito interessante sua participação, falou com profundidade sobre a experiência da leitura. Porém, eu gostaria de defender um posto de vista que valoriza mais a experiência de mundo anterior ao letramento. Na minha opinião, o estar-no-mundo é anterior ao letramento.
A cultura letrada é, para muitas pessoas (a maioria dos brasileiros), uma espécie de segunda cultura (conforme o filósofo francês Michel Serres defende). Isso não é mau, ao contrário: adquirir outras culturas além da experiência de mundo que compartilhamos com nossos pais, irmãos e vizinhos, é importante para nosso crescimento humano. Humanizar-se é adquirir culturas diferentes, e a principal dessas outras culturas é a cultura letrada.
Ou seja, o letramento nos leva a reconstruir nosso estar-no-mundo.
Abraço a todos.
a integração das diferentes áreas de conhecimento e o papel da língua portuguesa nesse processo.
É claro que a leitura pressupõe uma maneira de ler/perceber o mundo e também de criar outros mundos.
Concordo com a Regiane quando diz que o ato de ler pode gerar encantamento, e acho que com essa afirmação, você trouxe uma questão bem interesante: podemos (e devemos!) não só lançar mão de diferentes mídias e tecnologias, mas lembrar que o processo de leitura implica também concentração, atenção, e "aprender a fazer sozinho"; afinal, ler é também um ato individual. Essa experiência se perde um pouco diante da avalanche de mídias e tecnologias com as quais nós e nossos alunos nos deparamos.
Ao professor de português cabe tentar resgatar um pouco desse "encantamento", dessa "vontade", "disposição" e "desejo" que o ato da leitura pode despertar.
Seja através da contação de hisórias, da leitura breve, da utilização desses próprios recursos tecnológicos para as atividades de leitura - em conjunto com outras áreas, porque não? -, é possível mostrar ao aluno outros universos, outras posturas e situações, diferentes formas de ler/perceber/interpretar problemas e soluções, etc.
Ou seja, o letramento torna-se, assim, parte desse entendimento do "estar-no-mundo" e cabe ao docente não medir esforços para fazer a mediação entre tantos meios disponíveis e os objetivos planejados.
O importante é não perder o foco!
Abraços,
Laíse
Acompanhando as discussões referentes alfabetização, letramento penso que o exercicio da leitura nos leva para mundos e experiencias diversas. Pensando um projeto de Educação Integral Integrada, pensei na possiblidade dos alunos terem a oportunidade de conhecer outra língua. E nossa comunidade recebe freuentemente muitos turistas argentinos. Esse fato desperta a necessidade do dominio da língua espanhol. A aprendizagem de outra lingua traz consigo a aprendizagem de outra cultura, de outras formas de ver o mundo, podemos por exemplo ver como outras dizem de outro jeito o que nos dissemos de nós mesmos. Gosto de ver em jornais escritos em espanhol (compreendo minimanente algumas coisas, após um ano de espanhol) a leitura que fazem de fatos que ocorrem aqui no Basil. E, ao fazer o levantamento dos alunos interessados em frequentar aulas de espanhol em 2011, na escola, me surpreendi pois conseguimos formar uma turma.
Então, aprender bem a lingua materna é um passaporte para a cidadania e acrescentar o conhecimento de lingua de outro povo significa um enriquecimento cultural.
Luzia - Tubarão
Vive-se em uma sociedade letrada, na qual a leitura não é só necessária, mas é, sobretudo, uma exigência. Com efeito, o domínio da língua tem relação estreita com a possibilidade de uma completa participação social.
De acordo com os PCN (BRASIL, 2001, p. 23), cabe à escola a responsabilidade de desenvolver um projeto educativo que promova a democratização social e cultural de modo a “garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienáveis de todos”.
Somente com a leitura, é possível educar cidadãos autônomos, críticos e transformadores da realidade. E é através da leitura, e em sua rede de significados, que se pode reler a realidade e transformá-la. A leitura pela memorização e pela reprodução forma somente leitores, já a leitura pela crítica da realidade forma leitores autônomos e transformadores do meio que estão inseridos.
Se a escola não se importar com o processo de compreensão, não permitirá que o aluno passe da fase de decifração, que é praticamente automático. Embora, a decifração seja o primeiro passo para a leitura esta, sozinha, não permite a compreensão necessária que pode ser múltipla e depende das condições de produção de leitura proporcionada pela escola.
Uma leitura em sala de aula deve permitir várias leituras, já que o significado do texto se constrói pela interação do leitor e a partir do seu conhecimento prévio e do que é apresentado.
BRASIL: Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa / Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: SEF/MEC, 2001.
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. É impotante incenticvar a leitura nas escolas, despertar o gosto pela mesma.