Neovocalidade e Intermidialidade

"universo de neovocalidade"

"universo de neovocalidade"

por Gabriela Silvina Maltempo -
Número de respostas: 2
 
Olá tutorxs e colegas!

Envio a participação desta primeira semana.

Corpos intervindos, atravessados pela palavra que os interpela e reflete.( *refleja e reflexiona, ambas categorias me servem para falar da palavra que clama apoderando o território do corpo tangível e o empoderando-o para que ultrapasse seus próprios limites.)

Esse clamor, o brado (retumbante?), declama desde as entranhas daquilo que interpreto três corpos de mulher que denunciam a colônia, o estupro, o genocídio.     Só assim, torna-se possível repensar o devenir histórico, desfragmentá-lo e fazê-lo visível, audível, sensível e que , viabilizado pela tecnologia, permite que a neovocalidade atinja um âmbito maior do que um menestrel, (quem também fez sua parte na evolução comunicativa)

Um universo de transformações que inicia a poesia, único bastião de resistência, capaz de suster a metáphora como subvertedora do signus e através do Speculum, assim como em uma biopsia, denuncia o verdadeiro lugar da ferida.

Um abraço para todxs, nos lemos em próximos encontros. Gabriela

 

Em resposta à Gabriela Silvina Maltempo

Re: "universo de neovocalidade"

por Eleonora Frenkel Barretto -

Gabriela, essa relação entre o menestrel, o trovador, e a poesia vocal contemporânea é interessante e remete muito à perspectiva de Zumthor, que é medievalista. Em Introdução à poesia oral ele fala de uma poética geral da oralidade e da busca de noções teóricas que se possam aplicar aos fenômenos das transmissões da poesia pela voz e pela memória, em diversas tradições e temporalidades.