Unidade 3: Sensibilização e Mobilização

Sensibilização
Objetivos e estratégias de sensibilização
O papel do facilitador em processos de desenvolvimento social

Seminário de Cultura e Desenvolvimento e Participação de qualidade


O marco de finalização dessa fase de sensibilização pode ser o Seminário de Cultura e Desenvolvimento, cujos objetivos principais podem ser vistos no vídeo abaixo.



Esse seminário tem o papel de consolidar as ações de mobilização, de sensibilização e de preparação para as fases seguintes. Para tanto, o grupo de planejamento estadual pode ser efetivado como o responsável pela coordenação de todas as atividades no âmbito estadual.

Sensibilizar para uma participação de qualidade

É importante considerar, desde a fase de sensibilização, a perspectiva da participação. É necessário zelar para que o processo participativo seja efetivo, dando aos participantes o poder de decisão e evitando que todo o processo se transforme em um “ritual vazio de participação” (ARNSTEIN, 1969). Por isso, é necessário estar atento ao nível de participação que se requer na construção do Plano. Procurar conduzir o processo em níveis altos de participação pode contribuir para a construção de um plano mais legítimo e representativo das necessidades culturais do Estado. O ato político de participar pode ser classificado considerando o nível de poder decisório dos cidadãos que são mobilizados para o processo de planejamento. Note que alguns autores, como Arnstein (1969), propõem uma classificação, cuja representação gráfica lembra uma escada, na qual cada degrau representa um nível de exercício de poder.



Não devemos esperar que a construção do plano de cultura no Estado aconteça exatamente no último degrau de participação, pois isso também depende do grau de maturidade de cidadania e da participação da sociedade. Pensamos que o processo de planejamento deve ser realizado no maior nível de participação possível ou que, pelo menos, isso seja um objetivo constante do processo. Nesse aspecto, é importante considerar que o Plano, como produto, não é necessariamente a maior realização desse processo, mas que a própria construção da participação, do consequente engajamento e do comprometimento dos agentes com as políticas culturais qualifica o processo.


Um pressuposto na elaboração do Plano Estadual de Cultura é o de que ele está sendo elaborado para a população, mas também pela população. Nesse sentido, é necessário criar condições para que o processo seja efetivamente participativo, ou seja, que implique compartilhamento do poder entre os participantes.


Concluindo, vimos que a sensibilização é a etapa inicial rumo à implementação do processo de construção do Plano Estadual de Cultura, sendo nesta etapa quando se mobilizam os atores sociais e se articulam os parceiros.