Prezada(o) cursista!
Reflita e nos diga como você analisa a relação do Estado com as famílias no âmbito das políticas sociais?
Atividade pré aula de 21/7
Penso que o Estado ainda tem muito que avançar para oferecer e garantir uma politica social ativa para essas familias.
Nossas familias passam por grandes mudanças em sua dinâmica familiar e comunitária diariamente, principalmente após o período pandemico.
Acredito que com a implantação de mais politicas públicas, programas, projetos e ações que visem atingir os usuáriso e identificar suas demandas, assim estaremos alcançando essas familias.
Na minha prática percebo que a relação do Estado com as famílias no âmbito das políticas sociais tem deixado muito a desejar, entendo que o Estado deveria entre outras coisas garantir a promoção da qualidade de vida das famílias através das politicas sociais, porém na minha prática com os idosos que estão em situação de violência e são acompanhados pelo Creas, percebo que muitas vezes a equipe fica de mãos atadas sem poder dar uma perspectiva de resolução em casos que necessitam efetivamente de politicas públicas para uma superação da situação.
Nesse caso a familia como protagonista central tende a ser levada a assumir a condição de responsável pela proteção de seus membros, pois não se trata de discutir as condições de vida das familias das classes trabalhadoras, mas de familias pobres que necessitam de um trabalho para seu sustento, e hoje vejo muita limitação e mal distribuido esses investimentos para o combate a fome, principalmente quando se refere a recursos destinados a habitação, vejo muitas familias sem um espaço de moradia. Na minha prática de trabalho é comum muitas familias entrarem em situação de rua por falta do dinheiro do aluguel e essas familias vem de uma pobreza extrema.Então penso que deveria ter maior participação do estado voltada para implementação desses recursos.
No âmbito das políticas sociais, principalmente a partir da década de 1990, no Brasil, com políticas de cunho neoliberal, o Estado tende a se exigir de sua responsabilização no âmbito da provisão do bem-estar social e de garantidor de direitos sociais, desta forma, trazendo as famílias para as políticas sociais como o principal agente e responsável por esta provisão. Desconsideram-se as condições subjetivas e objetivas destas famílias, onde visivelmente as famílias pobres são as que mais sentem na pele e no cotidiano a falta de políticas públicas estatais. Há a culpabilização destas em situações em que não conseguem garantir direitos sociais de seus membros por falta e/ou deficiência de serviços.
É importante que no cotidiano profissional se reflita de forma crítica para que o profissional não seja mais um agente que culpabilize e responsabilize estas famílias, sem uma análise histórica e conjuntural. Conforme Mioto (2010), “as famílias não são homogêneas, nem em recursos, nem em fases dos ciclos de vida, nem em modelos culturais e organizativos, e são influenciadas e interagem com o conjunto da legislação e das políticas sociais”.
A RELAÇÃO DO ESTADO COM AS FAMÍLIAS NO ÂMBITO DAS POLITICAS SOCIAIS, PRECISA AVANÇAR EM VÁRIOS ASPECTOS, FALANDO SOBRE O CRAS QUE É ONDE TRABALHO, NOTA-SE QUE A COMEÇAR PELA EQUIPE TÉCNICA DE REFERENCIA DOS CRAS, CREAS, O NUMERO DE PROFISSIONAIS É REDUZIDO, NÃO RECEBE RECURSOS NECESSÁRIOS PARA O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS, FALTA DE ESTRUTURA, ENTRE OUTRAS. VEJO QUE SE O ESTADO REALMENTE TIVESSE O OBJETIVO DE FAZER UM TRABALHO SÉRIO COM AS FAMILIAS, IRIA PROPORCIONAR CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA OS PROFISSIONAIS REALIZAR SEU TRABALHO, COM EQUIPE MAIORES, E RECURSOS DESTINADOS A ESTA POLÍTICA PÚBLICA. POIS VEMOS PROFISSIONAIS DESGASTADOS, SEM MOTIVAÇÃO, POIS NÃO RECEBEM O QUE PRECISAM PARA FAZER AÇÕES QUE POSSAM MELHORAR AS SITUAÇÕES DAS FAMILIAS EM VULNERABILIDADE.
Observando o quadro atual, creio que se necessita profundas reflexões não somente dos usuários das políticas públicas, mas também de nós profissionais que carregamos muito do como se executa a política pública, onde há uma grande responsabilização familiar em relação à todos os seus membros. O Estado hoje proporciona algumas políticas que objetivam ajudar seus usuários, dentro de uma visão econômica limitada, onde em muitos casos é percebido como um "favor", ou uma "grande ajuda". Creio que a co-responsabilidade Estado-família só será realmente justa quando houver equilíbrio do Poder, e consciência participativa, e não como aquele que apenas recebe algo sem percepção do seu envolvimento nesta construção. A liberdade tem que ser construída como um ideal ético e portanto, por si consciente, consequentemente há o comprometimento com a autonomia dos envolvidos e expansão não em termos de usuários, mas sim de um país. O Estado ainda estabelece um papel superficial, pois as verdadeiras mudanças que atingem de forma benéfica à todos, são aquelas cujo envolvimento se faz pelo comprometimento, reflexão e construção e isso por si só, não é um atributo natural do Estado. O que há ainda é um intercâmbio, porém um lado representa o Poder e o outro o "necessitado", mesmo com os avanços já conquistados e que jamais devem cessar.
Acredito que o Estado NÃO trabalha para uma a real efetivação dos direitos do cidadãos, mas sim para a manutenção de uma relação de co- dependência. Percebo que houveram muitos avanços mas ainda necessitamos que sejam criadas políticas com vistas à EMANCIPAÇÃO dos seres sociais. Dentro das políticas em que atuamos, nosso trabalho é justamente o de conscientizar essas famílias sobre seus direitos e sermos viabilizadores de seu acesso aos serviços, lutando sempre para ampliação dos mesmos.
ACREDITO QUER AINDA FALTA MUITA ESTRUTUTA E CAPACITAÇÕES PARA O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS. O ESTADO TEM FALHADO MUITO, OFERECE POUCO. ONDE ATUO NA ATENÇÃO BÁSICA SENTIMOS A FALTA DE EQUIPES COMPLETAS E FALTA DE RECURSOS PARA REALIZAÇÃO DE UM TRABALHO MAIS EFICAZ COM AS FAMÍLIAS.
As politicas publicas ofertadas as familias estao fragmentadas, sem base de discussao com areas tecnicas, A criaçao e ou ampliaçao de programas ocorrem sem serie historica, e sem dar visibilidade ao cotidiano e a necessidade das familias
Penso que é uma relação sem dúvida contraditória, onde o Estado muitas vezes não garante e nem cumpre o seu papel no campo das políticas sociais, mas responsabiliza a família. Isto suscita várias inquietações a respeito desta temática, pois permite a reflexão sobre a intervenção do Estado por meio das políticas sociais (programas, e serviços ofertados) onde atuamos, educação, saúde, CRAS, CREAS, entre outrOS..
Penso que o Estado ainda tem muito que avançar para oferecer e assim garantir politicas públicas que realmente possam alcançar a população que dela necessita de forma efetiva e não de forma fracionada como ocorre hoje.
Para que o Estado consiga intervir de forma mais efetiva acredito que seja necessário a ampliação do quadro funcional e também investir em capacitação continuada para os técnicos como preconiza o SUAS.
O Estado demonstra sua desresponsabilização a partir de políticas focalizadas na violação e não na prevenção dos agravantes, a falta de fiscalização nos municípios para que efetivamente cumpram as proteções sociais é um grande entrave para as equipe técnicas de CRAS, como o meu caso.
A responsabilização das famílias está naturalizado na intervenção profissional, desde o modo em que se organizam as políticas e os serviços públicos, seguir a maré é responsabilizar a família, muitas vezes como profissionais precisamos ir contra a lógica proposta.
Penso que essa relação entre Estado e Família é como duas linhas paralelas. Por raras vezes elas até se cruzam, mas cada uma tem seu ritmo, seu tempo e suas condições.
Nossas intervenções que objetivam ter o intuito de aproximar uma com outro. Mas, enquanto Estado, a ideia hoje acaba por ser de responsabilizar a Família ao invés de garantir direitos e de prestar o apoio necessário.
Pelo tempo que trabalho em Política pública, tenho a impressão que essa distância entre Estado e Família está aumentando, infelizmente.
O estado e suas políticas públicas ainda deixam muito a desejar. A culpabilização dos usuários e famílias é rotina dentro das politicas, o que o estado não ofere é tomado como responsabilidades das famílias.
Ainda temos muito pra lutar enquanto trabalhadores do SUAS para uma a real efetivação dos direitos dos cidadãos. houveram muitos avanços mas ainda necessitamos que sejam criadas políticas com vistas à emancipação. Dentro do suas, nas nossas rotinas de trabalho muitas vezes encontramos dificuldade no trabalho com famílias e na sua emancipação por ausência de direitos e condições mínimas que deveriam ser oferecidas pelo estado.
Entendo que a relação das famílias e Estado no âmbito das políticas sociais tem sua base a proteção, quando o Estado se apresenta como garantidor e responsável pela garantia dos direitos sociais.
Porém, nesses anos de atuação percebo que se os trabalhadores não tiverem uma visão e atuação critica, o Estado passa a ser regulador das famílias nas politicas sociais, com o discurso de proteção, adentra a vida e as relações familiares ditando como deve se constituir e se portar as famílias e suas relações.
Boa tarde. Penso que o Estado deixa muito a desejar, não realiza suas obrigações como deveria. Isso acaba refletindo para os municípios que acabam tendo que dar conta das Políticas públicas de obrigatoriedade do Estado. Nossas famílias encontran-se desamparadas e necessitam urgentemente de um posicionamento mais eficaz do Estado
Acredito que no cenário atual as famílias estão sendo convocadas a assumirem a proteção social e bem estar de seus membros (crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, enfermos), entretanto, o Estado, que deveria garantir as necessidades básicas através dos Projetos, Programas, Serviços e Benefícios, está minimizando sua intervenção em Políticas que se voltam as necessidades da população.